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" Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento".
(Albert Eisten)

segunda-feira, 28 de março de 2022

O segundo encontro - narrado pelo sub

Senhora Pandora – Sessão 2 - 24 de Fevereiro de 2022 "Desabrochando como a empregada putinha de Senhora Pandora" "De joelhos", a Senhora ordena e pega várias abraçadeiras de nylon. "Está com medo?", olha-me ferozmente nos olhos e ri. "Fique quieto, senão você pode se machucar, viu?", diz e começa a amarrar meus testículos. Aperta um pouco mais...ai ai! Depois o pênis. "Olha que lindo!". "Adoro ver sua expressão de medo", sorri de maneira sádica e sexy ao mesmo tempo. Acho que sou meio medroso quando o assunto é dor. Ao mesmo tempo, confio plenamente na Senhora Pandora. Sei que é justa e experiente.
A Senhora pega um alicate e me olha novamente, esperando minha reação. Estou com medo. A Senhora vê meus olhos esbugalhados, minha expressão meio ridícula, entre a surpresa e a aflição. A Senhora dá uma risada gostosa. "Hahaha, tá com medo?". "Vou amarrar suas mãozinhas pra você não se machucar, ok?", explica enquanto coloca meus braços para trás e prende meus punhos com algemas de velcro.
"Tem pessoas que acham essas algemas fracas...eu não acho! Elas seguram muito bem", e ri. "Fica bem quietinho, senão...você sabe, né?", alerta. Fecho os olhos e a Senhora corta o excesso das abraçadeiras de nylon. 1, 2, 3, 4, 5 cortes. Ai ai ai...que medo! Em nenhum momento a Senhora me corta. Suspiro e agradeço.
"Agora fica de quatro e empina esse rabo...vai…", determina. Coloco as mãos no chão e a testa em cima delas, como já de costume. Arrebito meu rabo e basculo a pélvis, salientando ainda mais as curvas.
Com muito pouco lubrificante, a Senhora enfia no meu cuzinho apertado um pinto de plástico que me penetra. "Seu ânus segura melhor se tiver pouco gel...sabia?", a Senhora diz.
"Você vai ser a minha putinha!", Senhora Pandora declara enquanto me veste com um lindo vestidinho sexy de empregada doméstica. Com suas mãos delicadas, fortes e hábeis, a Senhora entrelaça e acaricia as minhas costas com os fios da roupa. Fico quieto, observo, respiro e sinto Seu toque.
"Sim Senhora, sou Sua putinha", exclamo com profunda submissão e alegria. É tudo o que desejo. Obrigado Senhora, penso comigo mesmo.
“Grandes putas são desenvolvidas, não nascem prontas...é preciso aprender a ser uma”, disse Dossie Easton, em seu livro "The Ethical Slut". A Senhora me dava a oportunidade de desenvolver a melhor puta em mim mesmo, ou melhor...de viver a minha sexualidade na sua maior potência de experimentação e prazer. "Que vestidinho sofisticado...tem até um filó preto...tão erótico e delicado…", confesso. "É uma amiga minha que faz...para sex shops", a Senhora me conta.
"Sente-se! Massageie Meus pés", ordena. Cada dedo, cada curva. Mais uma vez, um presente poder adorar seus belíssimos pés, massageá-los com minha boca, língua, dentes, mãos. Olho nos olhos da Senhora e me vejo como Seu escravo. Seu poder, força, beleza, inteligência. Sou Seu brinquedo e sou extremamente grato por isso.
"Vá até o varal e dobre todas minhas roupas", a Senhora ordena.
Estou vestido...ou...estou "vestida" de empregada doméstica e da janela vejo o mundo lá fora. Tudo passa, tudo se move e eu me movo aqui dentro do apartamento da Senhora. Será que alguém lá fora me vê? Pouco me importo, pois o que se passa aqui dentro é o mais importante.
"Tudo se move. Tudo se desenvolve e progride. Tudo repercute e ressoa. De um ponto a outro, a linha nunca é reta. ", dizia Jacques Lecoq. Penso em como meu corpo se move e o que se move dentro de mim. Como as tarefas que a Senhora me ordena me fazem sentir e me transformam. E, se a linha nunca é reta, qual o caminho que estou a seguir? Qual o destino?
Uma aceitação. Uma tranquilidade. Sinto e imagino Seu corpo cada vez que dobra suas calcinhas. São muitas calcinhas, mas todas do mesmo estilo, semelhantes. "Você viu que gosto do mesmo tipo de calcinha, não é?", a Senhora observa. Pretas, cinzas, mas com design semelhante. Dobro com cuidado, com carinho. Cada dobra, uma carícia.
"Agora você vai limpar a casa toda, eu disse, a casa TODA...com esse pequeno pano rosa e um balde de água com produtos de limpeza", a Senhora exige.
De quatro, com meu rabo bem empinadinho começo a limpar. Sinto tesão em servir. Em ser humilhado como Sua empregadinha putinha. Penso: "De onde será que vem esse desejo, essa excitação?". Lembro-me de quando criança uma menina havia me colocado debaixo de um monte de espigas de milho em um paiol e disse: "Fica aí...não sai", eu morria de excitação! Agora era a mesma coisa. A Senhora lia algo em Seu celular, sentada em seu belo e elegante sofá. "Limpa direito, viu?", senão vai apanhar.
Putinha. Vagabunda. Empregada. Buscava em mim mesmo...em mim mesma...os arquétipos ali escondidos, cobertos, desvalorizados. Desde adolescente eu queria algo mais...por isso encontrei o bdsm e outras maneiras de expressar a minha essência. Adolescente li "O lobo da estepe", de Herrmann Hesse, que apontava caminhos. "Sou, na verdade, o Lobo da Estepe (...) aquele animal extraviado que não encontra abrigo nem alegria nem alimento num mundo que lhe é estranho e incompreensível(…) nada daquilo era para mim, tudo aquilo era para os normais, as pessoas comuns.”
Limpei cuidadosamente cada azulejo. Cada borda e os rodapés. Debaixo da mesa. Movi os sapatos e chinelos de lugar. Com cuidado. A Senhora me observava. Minha lição: serviço, dedicação, submissão, honrar a puta em mim...eu pensava. Dias depois a Senhora me enviaria as fotos e me mandaria editá-las. De quatro, com rabo empinado, eu me via ali, Sua putinha. Em última análise, essa tarefa quebrava meu ego.
"Coragem! Para ser sub é necesário muita coragem", a Senhora me disse.
E assim foi. Limpei, limpei, limpei. Trocava a água do balde e continuava. De quatro...ia e voltava. Girava nos meus joelhos. Ia de costas. Sala, corredor, quartos, banheiro. Meus joelhos começavam a doer. Minhas costas também.
"Você de quatro... com roupinhas de empregada... ficou ótima! Assisti você assim... e me deu tesão! Estranho!", a Senhora me confessou depois em uma mensagem depois de nossa sessão. "
Como Seu humilde escravo, proferi: "...terminei a tarefa Senhora". "Ok, agora lave meus chinelos", imperativa a Senhora ordenou. Lavei seus chinelos e os deixei para secar no topo da máquina de lavar.
"Você foi o único "bi" que eu já brinquei. Isso é incomum para mim. Não convencional. Serve a Dommes e Doms", a Senhora me confessou dias depois. Fiquei lisonjeado com todas as mensagens, meu serviço apreciado e me senti amado.
Sinto atração e grande amor pelas mulheres, pelo feminino. Sirvo à Dommes e Doms, mas meu desejo e atração é pela "mulher". Desejo e sirvo à Senhora Pandora. Seu corpo, mente, pele, sexo. Não sinto a mesma coisa por homens, por isso não me considero "bi".
"Vá até o escritório e escolha 5 chicotes...bem diferentes, viu?", minha Soberana ordena. Vejo a diversidade de chicotes, chibatas e floggers. Cores, formatos e texturas diferentes. Não suporto muito a dor e procuro os materiais mais macios e entrego 5 chicotes nas mãos de minha Senhora.
"Olha...você não é burro não!", a Senhora diz surpresa.
E ordena que eu fique de quatro e abrace a bola de pilates. Devagar, com tranquilidade, a Senhora começa a me açoitar. Com técnica perfeita e requinte, Senhora Pandora aquece minha pele, escolhendo cada pequeno pedaço do meu corpo. Nos ombros, como uma massagem. Nas nádegas. Pernas. Sempre evitando meus órgãos internos. Dor. Prazer. Arde. Impacto. Acerta meus testículos. Sinto meu pênis excitado. Imagino a cor vermelha do meu rabo. Quero mais. Gemo. O chicote bate no pinto de borracha que me penetra e vai ainda mais fundo. Sinto o toque na próstata e o prazer que aumenta.
A Senhora termina a sessão. Cinco chicotes. 10 chibatadas em cada nádega. Aguento. A Senhora é justa, firme e respeita meus limites.
"Você é obediente...inteligente também, parece que sabe que se desagradar vai ser castigado, e não é bom provocar o meu lado mais cruel…", a Senhora me disse depois.
Como um bom menino que recebe um presente por ter sido obediente a Senhora me chama para o quarto.
"Vem cá...ajoelhe-se aos pés da cama", ordena. A Senhora se deita e abre suas lindas pernas, revelando Sua fenda divina. "Me chupe", manda. Como Sua putinha servil, concentro-me em cada milímetro de Seu clítoris, circulo minha língua como sei que a Senhora gosta. Depois utilizo meus lábios e a boca inteira, conforme já ordenado na sessão anterior. Coloco minhas mãos debaixo de Suas nádegas para poder melhor serví-la e chupar Seu néctar delicioso. A Senhora me aperta, me sufoca. Tento respirar pela boca e não parar de serví-la. Quero dar-lhe prazer. Dar-lhe todos os orgasmos que deseja.
"Gosto quando eu gozo. Você continua seu trabalho. Simpesmente porque eu não mandei parar. Mesmo quando eu o sufoco", a Senhora me diria dias depois.
Continuo. Chupo. Lambo. Beijo. Amo Sua fenda maravilhosa.
A Senhora goza em minha boca.
Geme com tesão, prazer...
Bebo Seu gozo mais profundo. Uma, duas, várias, tantas, múltiplas vezes.
Que delícia ver a Senhora entregue e poder dar tanto prazer e satisfação para Senhora Pandora. Depois de tantos orgasmos a Senhora entrega Seu corpo e descansa. "Venha aqui...me abrace", diz de maneira carinhosa e delicada.
De conchinha abraço a Senhora. Acaricio levemente sua pele com meus dedos, unhas, faço um cafuné. Dois amantes, amigos, uma belíssima e experiente Domme e Seu brinquedo, Seu escravo. Sua putinha, como a Senhora disse logo no início.
"A cada dia uso você de uma forma diferente, gosto de experimentar, e gosto de usá-lo. Sem falar que você me dá prazer. Se não me desse prazer, não teria tido 3 encontros e 2 sessões". Fiquei sem palavras. Extremamente feliz e lisonjeado em ouvir as palavras da Senhora Pandora.
Fico de joelhos e, no processo inverso do início da sessão, a Senhora corta as abraçadeiras de nylon com o alicate. Ri novamente. Com medo, fecho os olhos. Entrego e confio.
"Léo. Arrume minha cama. Limpe tudo. Tome banho. Arrume a mesa. Vamos almoçar", a Senhora me informa. Fiz tudo como ordenado. Obediente, pedi para colocar o chuveiro no modo "inverno" pois estava frio. Enquanto isso a Senhora preparou um delicioso frango assado com batatas. Abri e servi uma cerveja gelada para a Senhora que me permitiu também acompanhá-la. Conversamos por horas. Sentado aos Seus pés. A Senhora me mostrou Suas novas plantas, as ervas e os planos para a varanda.
"Hummm...o vento sujou tudo de novo…pegue o balde e limpe a varanda toda", exigiu. De quatro, mas dessa vez de camiseta e cueca, limpo a varanda cuidadosamente até que esteja completamente limpa. "Sente-se comigo aqui", a Senhora ordena. Conversamos sobre nossas famílias, damos risadas e aos poucos o sol se põe.
O alarme toca. "Você pode trocar de roupa e ir. Você tem que ir levar sua Mãe à um lugar, não é?", a Senhora pergunta. "Sim, obrigado Senhora", respondo educadamente.
Arrumo o escritório e coloco os chicotes na sacola apropriada conforme ordenado. Arrumo também a cama, com a linda colcha colorida que a Senhora mesmo costurou, como me contou.
Com humildade ouço Seus comentários. Em casa tomo um banho. Minhas costas doem muito. Fico de quatro e deixo a água cair por muito tempo. "A dor nas costas e no joelho, fazem parte também", a Senhora confirmou por mensagem.
"Você não é mesmo convencional. Não me parece fresco. Faz o que se propõe a fazer, sem muita briga interior", a Senhora me diz. "Quero aproveitar para experimentar ainda mais coisas em você", confirma.
Passam mais de duas semanas e só termino de escrever este relato hoje. Acho que precisei de tempo para digerir a experiência. Combinamos nossa terceira sessão, mas infelizmente pedi para adiar pois não me sentia bem e tinha questões familiares para resolver. Mas espero nosso próximo encontro – com profunda paciência, submissão e servitude. "Não vá com tanta sede ao pote", a Senhora já me disse uma vez.
A Senhora me envia uma mensagem e diz que queria que eu experimentasse representá-la diante de outra Dominadora e ver como eu me comportaria.
Honrado em receber o convite me recolho para melhorar minha saúde e poder estar com a Senhora nos próximos dias. Também confirmo que depilei meu rabo, cuzinho e costas. Espero que a Senhora goste.
Olho meu pênis. Ficou uma pequena marca de uma das abraçadeiras de nylon.
É uma marca muito pequena...a menor marca possível.
Como disse a escritora Anais Nin: "E chegou o dia em que o risco de continuar espremido dentro do botão era mais doloroso que o de desabrochar."
Desabrochei.
Naquele dia meu pênis e testículos viraram flor.
Eu virei flor.
Virei putinha.
A Senhora me abraçou com a abraçadeira de nylon.
Deixou-me uma pequena marca.
Seu beijo mais profundo.
Obrigado, Senhora Pandora.
F I M
Relato de Leo (Joya de Leo) 14 / 03 / 2022

quinta-feira, 24 de março de 2022

Tempo ocioso - Uma nova saga

Meu ócio não é criativo, é procrastinador.
Odeio isso, gosto de trabalhar 16 horas por dia, ficar cansada, aguçar a minha mente, ter várias pessoas ao mesmo tempo necessitando de orientações e descisões, isso me estimula e aumenta minha energia e é um circulo vicioso. Esta sou eu, sem segredos.
Mas ficar sem obra, e sem ter nada a fazer, me deixa em um lugar estranho, e nem estou morando com a minha mãe, pois ela sempre arruma algo para fazer tem mais energia do que eu.
Com tempo sobrando resolvi navegar no Fetlife, pois agora tenho tempo para adestrar um sub novo. Isso ocuparia meu tempo, e me daria o que fazer, pois além de trabalhar o que mais gosto é brincar ou adestrar um brinquedo. São duas das tres melhores coisas da vida.
Mas ando me descepcionando.
Por que depois de horas teclando e uma conversa de telefone o sub que estava super empolgado, em uma noite, no dia seguinte, a foto sumiu do whatsApp e descobri que fui bloqueada, tanto no celular quanto no Fetlife, e o pior sem saber por que?
Será que fui muito direta?
Também foda-se, quem vai perder é ele, mas me assustou esta atitude, vindo de alguém que me demonstrou muito interesse.
Mas enfim, continuei a minha busca, ainda estou apenas conversando, pois descobri que não é bom queimar etapas. Vamos ver se eu acho um novo sub para ser adestrado. Pois não sei quanto tempo vai durar este período sem obra, até lá vou tentando me divertir.
Acho que vou contar a minha saga da busca de um novo escravo por aqui. Vou encontrar um novo brinquedo, nada como um café, para falar sobre um dos meus assuntos prediletos. BDSM.
Assim eu terei algo para me lembrar, do que fazer e o que não fazer, pois isso é novo para mim, já que geralmente os brinquedos me acham e sempre tenho que dispensar por não ter tempo para todo mundo.
Descobri como colocar paragrafo, agora só falta justificar para os textos ficarem mais bonitos e melhor de ler.

quarta-feira, 23 de março de 2022

O blog mudou?

Estou com um texto pronto para ser adicionado no blog. Mas não estou conseguindo formantar para postar. Então como ainda nã consigo postar a segunda história contada pelo brinquedo que usei, enquanto ele estava de férias aqui em BH. Vou postar sobre meus pensamentos sobre BDSM: O ser humano é muito complicado. Ele não deve ser estudado, não por mim. Pois quanto mais eu conheço, mais me assuta, e menos eu compreendo. Por isso eu sempre prefiro apreciá-lo, fazê-lo crescer comigo, e também usá-lo. Não sou hipocrita ao poto de dizer que sou altruista, Por que não sou. Eu ensino por que também me dá prazer, É lindo vê-lo desabrochar de um novo ser, A se descobrir como um bom escravo, ele muda e acaba por aceitar sua condição. Ajudá-lo a se conhecer, me tormar sua Mestra, não somente sua Domme e Sra, é tão gratificante quanto prazeroso. E eu estarei para sempre em sua memórias. E isso sim não tem preço. Meus prazeres não são somente fisicos. E é nesta comunhão, nesta catarse de apenas 2 seres, Que me sinto plena. E digo, que não quero fazer outra coisa na vida, nunca mais voltarei ao mundo baunilha, não em plena capacidade das minhas faculdades mentais.
Alguém sabe como me ajudar?

domingo, 6 de março de 2022

A pespectiva do brinquedo - Ele contando a historia.


        Gosto de novas experiências com pessoas diferentes de lugares diferentes, e estou em um novo terreno. Um brinquedo não tão convencional, que resolvi experimentar. 

Só desta vez, a história será contada pelo outro ângulo, a visão do escravo que me serviu, um brinquedo avulso, que usarei poucas vezes, pois ele vai voltar para sua casa. Segue abaixo sua narrativa.


17 de Fevereiro 2022



Senhora Pandora. A porta se abre e entro com cuidado e atenção. A Senhora me cumprimenta educadamente. Peço para retirar os sapatos. Mostro minhas mãos e a Senhora as molha com álcool. Viro de costas e a Senhora também aplica o spray com álcool nas minhas costas e nádegas.

Muito educada, bonita, sensual, forte, Senhora Pandora me acolhe, sorri e diz: "venha aqui. Ajoelhe-se perto de mim". Sentada em seu belo e confortável sofá, a Senhora ordena que me ajoelhe e coloque as mãos no chão e a testa apoiada nelas. Sou o móvel de Senhora Pandora que coloca seus pés em mim. Fico imóvel enquanto a Senhora lê algo em seu celular.

"Levante", a Senhora ordena e me dá seus pés. Eu os beijo. "Massageie-os", a Senhora diz. Eu começo a beijá-los e massageá-los. Cada centímetro, cada curva. Eu os beijo e os adoro. A pele macia, os belos dedos, unhas, texturas. Minha Senhora. Deusa. "Vá até o escritório e transfira tudo que está na mesa para a estante no corredor", a Senhora diz. "Sim Senhora", digo.

Vou até o escritório e cuidadosamente coloco cada objeto na estante do corredor. "Terminei Senhora", falo educadamente. "Agora vá até o quarto do fundo, abra o armário, pegue uma mala preta pesada, abra e coloque tudo na mesa", a Senhora ordena. 

Obedeço. Pego a mala e retiro cuidadosamente cada objeto. Chicotes, chibatas, correntes, cordas. Inúmeros objetos, acessórios, brinquedos de bdsm. Vejo através dos objetos um pouco da história de Senhora Pandora - muito conhecimento e experiência ali presentes. Tento agrupar os objetos por tema ou semelhança, apesar das limitações de espaço da mesa. Faço o meu melhor.

"Terminei Senhora", digo educadamente. "Muito bem. Agora retire sua roupa e a coloque no quarto do fundo". Obedeço e me apresento nu à Senhora Pandora. "De joelhos", a Senhora diz de maneira direta e objetiva e vai até a mesa. Olha com cuidado cada objeto. Nu e de joelhos, espero ao seu lado pacientemente.

A Senhora pega uma corda. Muda de ideia e pega outra. E depois outra, até que decide utilizar uma corda preta e azul, de diâmetro não muito fino, nem muito grosso. Vejo a Senhora medir a corda e procurar o seu meio. Penso nos meios conhecimentos de shibari e imagino o que a Senhora iria fazer.

Com cuidado e perfeição, a Senhora inicia uma amarração de CBT no meu pênis. Simetricamente, a corda vai envolvendo cada gônada e depois o pênis. Circulando e prendendo um pouco a circulação sanguínea, o pênis incha. A corda aperta, sua unha me toca e dou um gemido. Sinto um pequeno medo. "Até onde será que a Senhora vai me levar?", penso. A Senhora finaliza a amarração com um pequeno laço e diz: "Olha que bonitinho!", e sorri. 

A Senhora pega uma corda longa...e um gancho anal. "Vire-se, coloque as mãos no chão e a cabeça apoiada nelas", ordena. Faço com cuidado e precisão, e logo após, sinto o gancho entrando devagar em meu ânus. Suspiro. Sinto prazer. Entrego meu corpo para ser usado por Senhora Pandora. A Senhora puxa a corda, passa por minhas costas, ombros e ordena que eu vire novamente. Com destreza e conhecimento, a Senhora continua o desenho da corda pelo meu quadril, passa pela frente e amarra com tensão o final da corda. Meu pênis inchado, meu ânus tomado pelo gancho e as cordas envolvendo meu corpo. Tudo isso me faz sentir ainda mais submisso. E excitado também. 

A Senhora sorri. Um sorriso de quem possui um brinquedo e pretende fazer algo. Uma surpresa. "Dê-me suas mãos", ordena. A Senhora junta minhas mãos. De joelhos e mãos juntas, adoro e venero Senhora Pandora. A Senhora amarra meu punhos com cuidado em uma bela amarração e depois às conecta ao meu pênis. "Pronto, perfeito", diz. 

"Venha cá", a Senhora diz e me puxa em sua direção, sentada na cadeira de escritório. Sinto sua puxada forte. Seu cheiro, sua pele macia. Relaxo. Sinto medo. Excitação. Desejo.


A Senhora me puxa para perto e me dá um tapa no rosto, de surpresa. Não é muito forte, mas me surpreende. "Você vai ficar mais submisso do que imaginava", diz. Puxa para seu lado e meu tronco se apoia em suas pernas. Com sua mão firme, a Senhora aperta minha bunda e depois lhe dá um tapa. E outro. Procura na mesa algo. E logo após sinto a dor de algum objeto que bate de encontro à outra nádega. 

A Senhora pega outro objeto. Dessa vez pregadores metálicos para papéis de escritório que apertam meus mamilos. Sinto dor. Mas dou conta. "Fique aí, levante a cabeça", a Senhora diz e faz uma foto.

"Sente-se e massageie meus pés". Eu seguro um de seus pés com muito cuidado e atenção e realizo vários movimentos de massagem. Puxando, apertando, acariciando. "Com a boca", a Senhora ordena. Entrego-me por completo e sinto uma atração louca por seus pés. Quanto mais os beijo mais eles me possuem. Mordo devagar. "Você é podo?", a Senhora me pergunta. "Eu gosto", digo. A Senhora ordena venerar seu outro pé. Obedeço. Viro a cabeça, experimento posições diferentes. Chupo cada dedo, um por um, mas sem machucá-los ou arranhar as suas unhas. 

"Levante, venha cá", diz e começa a retirar os pregadores dos mamilos. "Você sabe que vai doer, né?". Fico com medo da dor, mais uma vez. "Se eu retirar devagar ou rapidamente...vai doer do mesmo jeito, você sabe né?", a Senhora diz com um leve sorriso sádico nos lábios. "Sim", digo timidamente. "Você não é tão livre quanto pensa, é?", provoca. Retira os pregadores, um a um, sinto a dor. A Senhora esfrega devagar o mamilo para o sangue voltar. Ufa! Doeu, mas um pouco menos do que eu esperava.


A Senhora começa a desfazer a amarração no meu pênis. "Você tem sorte que sei fazer e desfazer sem te machucar, viu?", diz e sorri.

De súbito, a Senhora vai até o quarto e se deita na cama. "Venha até aqui de quatro", ordena. De pernas abertas ordenha que me ajoelhe e a chupe. A Senhora diz: "Vou gozar várias vezes e não quero que você deixe cair um pingo na minha cama, entendeu?". Digo que sim e começo a lamber devagar seu clítoris. Chupo e lambo. Que delícia! Suas pernas me envolvendo, me apertando. Quase sem ar continuo chupando. Sinto a Senhora molhada. Seu cheiro. "Agora com a boca toda", a Senhora ordena. "Agora a língua". Obedeço. A Senhora geme, levanta seus quadris e coloca minhas mãos debaixo de sua bunda. Continuo e começo a mover meu corpo também, mas a Senhora diz: "Não. Só a língua e a boca". Obedeço. Concentro minha atenção. Quero dar todo o prazer para minha Senhora. Minha Rainha. 

Respiro fundo e continuo a chupar e lamber seu clítoris, sua pérola mais preciosa e deliciosa. De repente a Senhora aperta ainda mais suas pernas. Continuo. E, como uma surpresa que toma conta de seu corpo e o meu também sinto em minha boca seu gozo delicioso. Seu corpo treme. Sua voz comunica o orgasmo que vem e toma todo seu corpo. Concentro ainda mais. Com devoção. Quero doar todo meu corpo para o prazer de Senhora Pandora. Sou seu brinquedo. Seu escravo. Seu sub. Continuamos assim por muito tempo. Entre orgasmos, pausas e contínuos. 5, 6, 7, 8, 9, 10 orgasmos. Foram tantos. Alguns menores e outros maiores. Sentia minha boca encher com seu gozo doce e cheio de prazer. 

"Deite ali ao lado, descanse". A Senhora ordena e deito no tapete no chão ao lado de sua cama. O gancho anal é um pouco desconfortável. Depois de algum tempo a Senhora olha para mim e diz. "Está tudo bem?" "Um pouco desconfortável". "Não é pra ser confortável mesmo não", diz. 

"Vá para o escritório, de quatro". Faço como ordenado e espero a Senhora que retira o gancho anal. Depois de um tempo sinto algo penetrando meu ânus. Não sei se é um objeto, ou seus dedos. A Senhora continua enfiando, mas sinto que meu ânus não se expande. Respiro. Suspiro. A Senhora procura outro objeto e sinto agora que talvez seja um plug de plástico. Com a corda, a Senhora aperta e impede que ele saia. Fico assim. Com um plug anal e as cordas me envolvendo como um "fio dental". A Senhora me dá uma calça confortável e diz para me vestir. 

Fazemos uma pausa para o almoço e Senhora Pandora ordena que eu faça várias tarefas domésticas: limpar o lixo, enxugar os pratos e guardá-los, limpar a mesa, preparar os pratos. A Senhora prepara com carinho e cuidado um macarrão com molho rico e delicioso. Ralo o queijo como ordenado. Conversamos enquanto a Senhora cozinha. Sou obediente, submisso, sigo suas ordens. Em pouco tempo o almoço está pronto e a Senhora ordena que eu abra um belo vinho tinto Tannat da Serra Gaúcha.

Como amigos de longa data sentamos, comemos e conversamos. Obrigado Senhora Pandora pela bela e deliciosa comida. Ouço com atenção cada palavra que a Senhora diz. Conversamos sobre trabalho, bdsm, viagens, comédia stand up. A Senhora me mostra um video e damos risadas juntos. De vez em quando me lembro que tenho um plug anal e mudo de posição ligeiramente. Sou seu brinquedo e o plug me coloca em meu lugar de submisso todo o tempo. Peço para ir ao banheiro. Quando volto falo sobre o plug anal e que fiz xixi sentado. A Senhora diz: "Bocoió, assim fica mais fácil do plug sair". Eu concordo, mas queria me sentar para ficar mais fácil. 

"Pode levar tudo e lavar", a Senhora ordena. Como um bom submisso faço com cuidado e eficiência. A Senhora adora café e me ensina como gosta que eu o faça. Faço o café. Bebemos. O tempo passa de maneira deliciosa, divertida e eu, submisso. Sinto a força e poder de Senhora Pandora. 

"Venha aqui", a Senhora ordena e vou até o escritório de quatro. A Senhora está sentada em uma cadeira de escritório com rodinhas e estou de joelhos à sua frente. "Massageie meus pés", ordena. Novamente faço com toda dedicação. Cada beijo e mordida me fazem mais sedento por adoração de seus pés. Depois o outro. A Senhora me puxa para perto. A cadeira está um pouco longe e me desequilibro um pouco. A Senhora ri. Coloca minhas mãos para trás. Aproxima-se de meus lábios e me provoca com os seus. A Senhora me beija e me derreto de desejo. Beijo seu rosto, sua nuca. A Senhora abaixa seu top de crochê e beijo seus seios. Sempre controlando o que faço e o que a Senhora quer que eu faça. Rainha.

"Fique de quatro, mãos no chão e cabeça apoiada", a Senhora diz. Ouço o barulho com os objetos na mesa, mas não sei o que são. De repente sinto o estalar na minha pele. Arde. Talvez um flogger? Acho que sim. A Senhora continua. Ai! Arde novamente. Mais uma vez. Au! Essa doeu! Pega nas nádegas, gônadas e pênis. Faço um gemido. Acho que a Senhora percebe e muda de acessório. Mas continua a bater. "Venha cá", diz. Fico de frente para a Senhora e meu tronco se apoia em suas pernas. A Senhora continua a bater. Não é forte, mas para mim é. Dói. Gosto. E não gosto. A Senhora continua. Puxa-me para perto e me beija. Depois bate várias vezes. Não sei porque mas começo a chorar. Acho que por medo, por relaxamento, por entrega. A Senhora de maneira doce e com carinho diz: "Me abrace". Abraço apertadamente e nos beijamos. Sinto sua proteção e carinho. Entrego meu corpo. Alma e fragilidade. Confio na Senhora Pandora. A dor e prazer se intensificam. Olho nos seus olhos. As lágrimas escorrem. Eu a vejo e deixo-me ser visto. Um encontro de almas. Sinto todo o prazer e riqueza de nosso encontro. 

Meu pênis excitado e talvez confuso com tudo o que está acontecendo está em um estado entre a excitação, a dor e a dúvida. Um pouco "meia bomba" (risos). A Senhora pega uma camisinha e coloca em meu pênis vai a até a cama e me chama. "Venha de quatro", ordena. 

De quatro vou até seu quarto. "Suba aqui", diz. Eu não esperava esta ordem. A Senhora está deitada e com o olhar me chama para cima de você. Subo e começo a penetrá-la. Mas meu pênis ainda está naquele estado...não estava completamente ereto. Retiro. Fico ansioso. Seguro o pênis, puxo e me masturbo querendo que aconteça rapidamente. A Senhora vê e com um gesto corporal ordena que eu a chupe. Levo meu corpo para a parte da ponta da cama e chupo e lambo seu clítoris com devoção e prazer. Depois de um tempo a Senhora goza várias vezes em minha boca. Que delícia! Uma, duas, três, muitas vezes...até que vejo a Senhora se entregar…seu corpo cansado e entregue ao pós-gozo. "Venha aqui e me abrace", ordena. 

Deito em cima de seu corpo e nos abraçamos. Mesmo não tendo alcançado o orgasmo sinto o relaxamento de estar tão perto. Feliz de estar com a Senhora ali e proporcionar prazer como seu brinquedo. Conversamos por um bom tempo. "Você é pequeno, né’, a Senhora diz e isso me traz um sorriso nos lábios. "Ok, pode levantar e limpar tudo, levar o lixo e guardar todos os brinquedos na mala", ordena. 

Mais uma vez sigo todas suas instruções com cuidado e atenção. A noite vai chegando e pela janela vemos o belo pôr-do-sol. "Sente-se aqui", ordena. De joelhos ao pé da cama olho para a Senhora Pandora como um cachorrinho que dá toda a atenção do mundo. A Senhora me conta lindas e belas histórias sobre sua experiência em bdsm, por todo o Brasil. Em especial a história de um sub que não tinha experiência nenhuma, mas já era perfeito. E da namorada do sub, com quem a Senhora, com toda a sua generosidade, compartilhou seu conhecimento. E com todos e todas que passaram por seu caminho no bdsm.

Vejo a noite chegando e a necessidade de ir para casa e pergunto: "Senhora, posso pedir a permissão para ir agora?". A Senhora olha o relógio e diz: "Pode. Vista sua roupa. Coloque a mala no armário."

"Queria agradecer à Senhora", digo e me curvo perante Senhora Pandora. A Senhora ouve e sorri.

Peço um uber, visto meus sapatos e aguardo. "Você pode encontrar na próxima terça-feira?", a Senhora pergunta e digo que sim. "Ok, até semana que vem então".

Curvo-me e beijo seus pés. Agradeço, entrego e confio, como diz o ditado. A Senhora abre a porta e nos despedimos.

Sentado no banco de trás do uber e em silêncio, sinto em meu corpo e alma a experiência e poder de Senhora Pandora. Chego em casa e a Senhora me manda uma mensagem perguntando se cheguei bem. Seu cuidado, carinho e integridade são surpreendentes.

No final da noite tomo um banho. Imagino seu toque e me toco. Tenho o orgasmo que não tive e agradeço.

F I M 

Relato de Leo (Joya de Leo) 22 / 02 / 2022