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" Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento".
(Albert Eisten)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Pensamentos, paranoias, conclusões, sentimentos de uma primeira vez

Tem um tema que acho importante ser discutido

PRIMEIRA VEZ, O QUE ESPERAR?

Tem muita gente entrando de gaiato no meio BDSM, pessoas que tem certeza absoluta sem ter certeza de nada. Prometem mundos e fundos, entrega total e absoluta, tem uma urgência na entrega, no primeiro encontro.
E eu mesmo com tanto tempo de experiência ainda caio nesta armadilha, tenho um grande problema com tempo, geralmente fico pouco tempo nas cidades, então não dá tempo para o treinamento completo, então já alerto ao escravo, vamos nos divertir, a não ser que me surpreenda muito, não tem chance para ganhar a coleira, pois eu considero coleira algo muito importante, mais importante que um casamento baunilha, pois simboliza a aliança e a entrega de uma vida para uma outra pessoa, e isso não se encontra na esquina, nem na lojinha do seu Zé.
Mas mesmo assim gosto de ter tudo o cuidado do mundo, explicar como funciona, e que não existem verdades absolutas, pois cada um tem a sua forma de ver e praticar o bdsm, desde que seja totalmente e completamente verdadeiro com quem está para lhe servir.
Temos a obrigação de alertar, de falar o que pode acontecer e o que não pode, e somente depois disso ter inicio da prática, mesmo que para isso converse apenas por horas e horas, dias e dias.
Feito isso, até achamos que o candidato a sub entendeu tudo o que falamos e mesmo assim quer experimentar, quer saber como é, o que vai sentir, tudo.

Sei que a primeira vez, como em tudo na vida, é um momento especial para o sub, quando ele não sabe exatamente o que sentir, o que vai acontecer primeiro, a espera do primeiro toque, a sensação suspensa, tudo isso aumenta a aceleração e também majora as reações, pois naquele momento tem um turbilhão de emoções.
O ficar nú, exposto, o primeiro tapa, a primeira chicotada, colocar o joelho ao chão, e se curvar para receber uma coleira, algo que signifique e mostre que vc está lá para servir, dar prazer a quem serve, deve ser o objetivo do escravo, e deste prazer retirar o seu.

O escravo tem que saber também que quando ele é solto, de cordas e amarras físicas, ele ainda tem uma outra amarra que marca muito mais, o emocional e o psicológico, fica martelando tudo na cabeça dele, o que eu fiz? por que me entreguei desta forma, será que isso é normal? Geralmente ele precisa de um tempo para assimilar tudo. E alguns ainda tem a dificuldade em se aceitar.
Como isso tudo pode ser normal?
Como teremos, ela fez o que quis comigo, e o pior ou gostei? Como eu posso ter gostado de tudo o que me aconteceu? Por que eu não parei a brincadeira, quando eu não estava gostando?
depois de todas as perguntas, vem o sentir.
Os momento de lembranças, virar no espelho para ver a marca que ficou, fechar os olhos e sentir tudo de novo, e também chega as decepções, poxa não era isso que eu esperava, pois tem também muita fantasia misturando com a realidade, e com o realizável.

Mas nestes encontros, as vezes acontece o encontro mágico, onde tudo flui muito bem, e onde temos respostas a cada brincadeira, onde a entrega é feita com prazer, E sentimos uma simbiose, troca silenciosa de prazeres e emoções.
E quando estes momentos acontecem, e que sinto que valeu a pena os encontros que não deram certo, pois quando não dá certo, dificilmente é culpa de alguém, (mesmo o sub geralmente sendo sempre o culpado),
Este mês de abril, eu tive um primeiro encontro que valeu a pena, Que vai dar muito outros, onde pode existir um laço, de um bom relacionamento BDSM.