Estranho, quando eu comecei a escrever este blog, foi por causa da minha memória de peixe, eu sempre esquecia tudo, experiencias, pessoas, lugares, e estava ficando chato, então resolvi escrever para me ajudar a lembrar quando eu o relesse, mas eu não sabia que iria tomar gosto, e hoje sinto falta quando demoro muito a escrever, e quando acontecer algo interessante comigo, eu tenho a sensação que o leitor é um amigo querido, e vc sempre quer contar sobre o que acontece contigo com um amigo.
Principalmente em uma cidade nova, onde estamos a conhecer novas pessoas e fazer amizades, e olha Aracajú é muito boa para isso. Ando me divertindo bastante por aqui, e nem é somente BDSM, mas pessoas do meio, falando sobre, em passeio quase baunilhas, muito divertido.
Bem vamos começar a falar sobre o tema deste post, antes que o parenteses vire a história.
No Fetlife, que a maioria deve conhecer, as vezes recebo propostas de subs querendo me conhecer. Eu sempre dou preferências, para subs da cidade onde estou no momento, e BH, por que eu não gosto de relações virtuais. Sempre achei que não me agrega. Sou como 'homem' sou visual, visceral, e física, eu gosto de sentir, tocar, ver, são estas coisas que me deixam excitada, e com vontade de brincar, fazer com que o sub se dispa, na minha frente, e eu o observando, aos poucos fincando nú, e exposto, faço com que se exponha mais, faço uma detalhada inspeção em seu corpo, ao ponto de ele se sentir invadido, incomodado ao extremo, as vezes sou minuciosa, apenas para aumentar a agonia da espera. Amarrar o sub, com paciência, vê-lo aos poucos se tornando vulnerável, a cada volta a cada nó, a cada parte do corpo imobilizada, mãos, pés, tronco, pescoço, apenas algumas partes ou todas as partes, eu me demoro mais no CBT, é algo que gosto particularmente, amarrar pênis e bolas bem separados, tanto com cordas, ou lacres de pvc, ou até um cinto de castidade, gosto de sentir a pulsação dele em minhas mãos.
O tempo é algo importante, principalmente em uma primeira vez, pois ele também faz parte da brincadeira, é um elemento a mais, o silencio também aumenta a tensão, ou o tesão, ou até deixa o sub mais relaxado e confiante com quem vai usá-lo. Vendo seus olhos, pode ser com mascara, tecido ou fita adesiva, para que as sensações sejam intensificadas. Bem ao estar amarrado e vulnerável, deixo o tempo agir, toco em sua pele, antes de receber a primeira chicotada, ele já a espera, e começa a agonia da espera, quando ela virá, será forte, será fraca, está demorando, será que vai acontecer, ele espera com tanto desejo e medo, que sempre sai mais leve do esperado, e outra e mais outra, varias consecutivas, sem um tempo de respirar, se recompor, de repente para um toque leve em seu corpo, um sopro, um aperto, toques leves e fortes, não saber o que vai acontecer, e quando irá recomeçar acelera o coração. Ele não pode me tocar, não pode ver, e não me escuta, pois fico em silencio, apenas observando seu corpo, suas reações, tudo se intensifica, por mais que odeie apanhar, ele começa a desejar que tudo termine, pois assim sentirá algo, a ansiedade o consome, após sua pele ficar quente, com uma tonalidade vermelha, e com lindos alto relevos, o spanking para, e começa o toque, o sopro, e toda esta agonia, continua por um bom tempo, deixo-o amarrado, por um tempo, até soltá-lo, e ordenar, fique de joelhos, de quatro, e venha aqui, e apenas com o som de minha voz, o guiando, e ele vem até mim, coloco nele uma coleira postural, ele está entregue, beije meus pés, reverencie que lhe domina, e ele o faz, mesmo não sendo um podo, ele o faz melhor do que um, pois ali não tem um desejo pelos pés, e sim reverenciar e agradecer a Domme que o está usando, que está fazendo dele o que sempre desejou, um escravo, que tem por objetivo o prazer de sua Domme, depois de 4, o uso como objeto de descanso, ou simplesmente o observo. Depois de um tempo o puxo pela coleira, seguro seus órgãos genitais com força, lhe tiro a venda, e doi várias bofetadas em sua face, vejo suas reações, as vezes serrar o punho, se segurar para não reagir, uma grande luta interna se inicia a cada bofetada recebida, o sangue vem nos olhos, deseja revidar, se segura, pois sabe que aceitou tudo o que está acontecendo com ele, após isso com ele ainda de joelhos vem o abraço, o carinho tão desejado, vários beijos bem leves em seu rosto, o sopro atras da orelha, a lambida, eu sentada na cama, me deixo, minha vagina vibra ao vê-lo tão entregue, e o desejo, desejo sua boca, quente, gosto da sensação de ser sugada, beijada, e lambida, gosto da alternância, quero sua língua fundo dentro de mim, coloco minhas pernas em seus ombros, estou muito excitada a ponto de gozar, prendo sua cabeça com meus pés, e gozo, um jato forte, quente invade e enche a boca dele, ele não espera que seja tanto, o sinto engolindo, me delicio com isso, e começa tudo de novo, primeiro um sopro para aliviar, depois de novo a língua, e quanto mais eu gozo, mais feliz eu fico, até o momento que as pernas não me obedecem, estou plena, em êxtase, a visão dele cansado, ofegante no chão, me dá uma paz, e ainda aumenta o desejo de continuar com a brincadeira. Mando-o ficar de 4, coloco um gancho em seu ânus, passo uma corda nele, passo pelas costas e amarro no CBT, assim fica rígido, restringe movimentos, o amarro de frente, braços abertos ou para trás, comprimo seu corpo com meu, depois coloco prendedores de mamilos, eles são ótimos, as vezes coloco peso, aos vezes só puxo ou o prendo na coleira. não preciso de chibata, com as mãos dou tapas, e alterno com carinhos em seus genitais, ele está com medo, e fica nervoso, mas se entrega, e percebe que a partir daquele momento não será mais o mesmo, sua cabeça roda, pensa um monte de coisas ao mesmo tempo, quer falar, quer se calar, e ao ser solto ele fica de joelhos e agrade, sua primeira vez, a experiencia que marcará sua vida para sempre, pois a profusão de emoções e sentimentos que estão em seu corpo, percorre todas as suas veias. E neste momento ele percebe, que mesmo que este relacionamento não seja para sempre, ele vai permear suas memórias, ele pousa a cabeça em colo e descansa, pois esta livre, pode sentir, sem pensar se é certo ou errado. Só está pleno e livre, livre para ser o escravo que sempre sonhou.
Poxa, e eu queria falar de experiencias virtuais, não vou mudar o título, outro dia eu falo de um novo brinquedo, que está mudando a minha maneira de pensar sobre o virtual.
Mas o real é sempre o melhor.